Coluna escrita por: Gabriel Palne de Souza Rodrigues – CEO do Grupo Geriatrics
Publicada em 08/10/2012.
A saúde suplementar passa por uma crise de qualidade. Segundo pesquisas realizadas recentemente tanto pela ANS como pela ProTeste, o crescimento da população segurada não vem sendo acompanhado por uma qualificação do setor.
Além do aumento do número de leitos hospitalares, precisam ser reforçadas estruturas como as de home care, para garantir uma assistência de alto nível.
Se por um lado há uma imperatividade de que as estruturas de saúde se desenvolvam, não é novidade o desafio que essas instituições têm que passar em suas relações institucionais, construídas muitas das vezes sem a necessária sinergia com seus clientes e fornecedores.
Associado a este cenário temos ainda a escassez de profissionais capacitados para as diversas áreas assistenciais.
A capacitação dos profissionais, para o setor de home care, é uma questão central, e impacta diretamente na capacidade da empresa em entregar um serviço de qualidade.
Diferentemente de outras instituições em saúde, o home care mantém contato com o paciente e com a família durante boa parte do dia, ou mesmo durante as 24 horas. Sem a devida qualificação, como pode um profissional atender às expectativas inerentes a esse serviço? As chances de gaps de performance se tornam muito altas além de colocar em risco a imagem institucional da empresa de home care entrega de um serviço de qualidade baixa leva ao aumento da ocorrência de agravos.
Quando maximizamos os esforços para entregar resultados excelentes aos pacientes os custos de todo o ciclo caem, levando a uma melhora na qualidade de todo o setor, inclusive para o contratante. Vejamos:
Dentro desta visão, o prestador precisa estar com o setor de recursos humanos atuando exemplarmente, para obter a melhor contratação, o contínuo treinamento e acompanhamento dos processos internos.
Quando investimos em nossos profissionais, qualificando-os e mantendo-os corresponsáveis pela qualidade do serviço entregue, maximizamos a qualidade do serviço e reduzimos o número de agravos e internações, que geram custos altíssimos e ainda retornam o paciente ao leito hospitalar.
A qualidade do serviço entregue é na maioria das vezes inversamente proporcional ao número de ocorrência de agravos e internações, que sem falar no péssimo resultado para o paciente e seus familiares, elevam astronomicamente o custo de toda a operação.
Sendo assim devemos colocar como ação prioritária a garantia de qualificação desse profissional e reavaliando sempre nossos modelos de gestão de recursos humanos.
A empresa de home care deve possuir, antes de qualquer outra competência, a de construir profissionais qualificados, e assegurar que as competências técnicas e comportamentais exigidas para a execução de um serviço primoroso estejam bem desenvolvidas na equipe.
Como prestadores de serviços, principalmente por se tratar de saúde, a qualificação da equipe pode ser a chave para o sucesso, se tornada prioridade