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sábado, 22 de setembro de 2012

Erros medicação: existe algum culpado?



Imagine-se enfermeira de plantão e um de seus técnicos cometem um erro grave ao administrar incorretamente a medicação prescrita em um recém-nascido. Qual seria a sua conduta?
Primeiramente pensaríamos na punição, mas será que esse é o melhor caminho?
Solução para erros de medicação não
está somente na punição dos responsáveis,
mas na revisão dos procedime
ntos empregados.
Para isso, é preciso ter coragem de falar
sobre o assunto.
As penalidades ao profissional envolvido variam conforme a gravidade das lesões corporais causadas ao paciente e o tipo de conseqüência. Os profissionais podem sofrer processos judiciais por negligência, imprudência, má prática, e ficar sob julgamento da legislação civil, penal e ética
Mediante a ocorrência de erros de medicação, freqüentemente, não é dada ênfase na educação, mas, sim, na punição, o que faz aumentar a subnotificação, prejudicando o conhecimento de seus fatores de risco e possibilitando, assim, sua repetição.

Na ocorrência do erro, é fundamental que o profissional envolvido aja com honestidade, sem medo de punições, o que facilita o relato do incidente para que sejam tomadas as devidas providências o mais rápido possível em relação ao paciente, família e profissional envolvido. Para tanto, deve ser meta das instituições uma ampla visão do sistema de medicação, possibilitando aos profissionais condições de análise e intervenções que garantam uma assistência responsável e segura ao paciente.

Para que isso ocorra, as instituições devem adotar sistemas de notificações de erros sem caráter punitivo, com a única finalidade de implantar uma cultura organizacional de segurança para os pacientes.

A atenção no preparo do medicamento é de fundamental importância na prevenção de erros na medicação. Estudo revelou como fatores de risco que podem levar à ocorrência de erros na administração de medicamentos: falta de atenção ou distração, cansaço, estresse e negligência. A orientação do pessoal é sempre uma atitude de extrema importância, entretanto, as dúvidas devem ser examinadas e sanadas antes da administração e não após a ocorrência do erro. Esse é sem dúvida o papel do enfermeiro como supervisor.

Vale destaca a importância da educação continuada dos profissionais envolvidos diretamente na execução do procedimento de administração de medicamentos, favorecendo uma melhor qualidade do cuidado prestado ao cliente.

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