Rio -  Não há substituto especializado para o profissional de enfermagem. A formação teórica e prática, aliada à responsabilidade e à ética no trato com os pacientes, torna seu trabalho imprescindível. Ele dispõe de conhecimentos específicos na área de saúde, que vão desde a identificação de sintomas e riscos até a correta administração de medicamentos.
Essas atribuições ganham importância ainda maior na assistência ao idoso. Em um país que envelhece rapidamente, com 23,5 milhões de pessoas acima de 60 anos, o atendimento à terceira idade abriu um mercado promissor na área de saúde.
Essa parcela crescente da população, no entanto, precisa de atenção especializada quando há perda de autonomia ou comprometimento físico e cognitivo. Nem sempre isso ocorre no Brasil.
O caso mais emblemático é o de acompanhantes e cuidadores de idosos, profissão que está prestes a ser regulamentada pelo Congresso Nacional. Cerca de 200 mil cuidadores estão em atividade no país, mas apenas 5% têm carteira de trabalho.
Muitos não têm formação alguma na área de saúde, embora exerçam funções importantes, como auxílio à locomoção, cuidados com higiene, vestuário e alimentação. As responsabilidades, no entanto, vão muito além das tarefas básicas do dia a dia.
O atendimento ao idoso, seja em domicílio ou em hospitais e clínicas médicas, exige formação adequada para correta execução de procedimentos fundamentais. Desde a verificação de sinais vitais até os casos de emergência e primeiros socorros, o profissional de enfermagem tem os requisitos necessários para a função.
Não se trata de uma reserva de mercado. O cuidador também precisa ter sua importância reconhecida, mas com a delimitação de atribuições e competências.
Presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro, Coren-RJ
Fonte: O Dia